• Número 455 – Ano 2 – SEXTA-FEIRA, 5 de julho de 2002
    Legalidade
    O secretário Cristiano Calixto (Fiscalização) definiu o fechamento das velhas barracas amarelas como sendo uma “ação firme, forte, sem truculência e dentro da lei”. Ele lembrou que as barraquinhas não tinham autorização para funcionar em áreas públicas e não apresentavam notas para provar a origem dos produtos que vendiam. Nossa, demoraram 20 anos para ver isso...


    Sem aviso
    A principal reclamação dos donos das barracas foi a falta de aviso. Eles achavam que a prefeitura deveria ter feito uma notificação antes. A prefeitura se defende dizendo que já fez várias notificações e que são os camelôs que nunca deixaram o local. Eles sempre quiseram garantir o ponto. Agora acabou tudo. E lá se vai mais um tanto aumentar a filinha do Sine...


    Prazo
    Revoltados, os camelôs diziam que mereciam pelo menos um prazo para que a situação fosse regularizada. Lembraram até do que prefeitura e Ministério Público fizeram no caso da venda do leite cru. Mas o promotor Inácio de Carvalho Neto, que acompanhou a operação, disse que isso não é bem assim. Segundo ele, não se pode dar prazo para o crime. Ah, nem uns 20 aninhos?...  


    Tolerância
    A lei é clara e as famosas barraquinhas amarelas nunca deveriam ter existido. O problema é que houve tolerância das autoridades por mais de 20 anos. O ilegal virou costume. Tanto é que foi a própria prefeitura que definiu as cores das barraquinhas. De repente a tolerância anoitece e não amanhece. Tudo bem. Mas quem se omitiu esses anos todos, não precisa pagar nada?...


    Oposição
    A operação “fecha-barraca” foi a alegria da oposição. Ontem o que mais tinha no centro da cidade era vereador de oposição fazendo discurso indignado ao lado dos camelôs. Até uma reunião com a categoria foi marcada para a tarde na Câmara de Vereadores. Aliás, as más línguas não perdoaram. Disseram que, desta vez, a prefeitura armou o maior barraco, ops, barraca...


    Sorte
    O candidato a deputado estadual Darcy Deitos ainda não definiu com quem vai fazer dobradinha nas eleições deste ano, uma vez que o PMDB não terá candidato a federal na região. Ele, porém, já está em campanha. Número? 15.133. Somando 1+5+1+3+3 dá 13. Para Deitos, isso significa número da sorte. Ué, se pro Zagallo sempre funcionou...


    De volta
    A prefeita de Barbosa Ferraz, Elza Marques Gonçalves, reassumiu a prefeitura esta semana depois de dois meses de licença. Apesar da coincidência das datas, ela não esteve nem na Coréia do Sul nem no Japão torcendo pelo Brasil. No máximo foi até Corumbataí do Sul, onde comprou um sítio em sociedade com um cunhado. Ah, então não foi pra Copa mas entrou em campo...


    Fazenda
    Aliás, Elza garante que essa história de que ela comprou uma fazenda de 500 alqueires não passa de intriga da oposição. A prefeita diz que adquiriu apenas 44 alqueires (pagou R$ 3,2 mil por cada um deles). Mais: jura que por enquanto só tem uma vaca, um bezerro, um cavalo, uma cabrita, um bode e sete carneirinhos. Ah, já tá melhor que a Dona Benta do Sítio do Pica-Pau Amarelo...


    Sem licença
    Os vereadores Edson Battilani e Edoel Rocha não pedirão licença da Câmara para se dedicar às suas campanhas para deputado. Azar dos suplentes Edson Lima e Reinaldo Remiggio, respectivamente, que vão continuar chupando o dedo. Aliás, se quiserem assumir uma cadeirinha na Câmara, que tratem de trabalhar para Battilani e Edoel. Quem mandou não se elegerem, né?..


    Injustiça
    De Londrina, leitor manda e-mail dizendo que o IAP foi injusto ao multar o Expresso Nordeste em R$ 50 mil por derramar óleo no Ribeirão Quati. Ele lembra que o órgão não tem a mesma coragem para punir as poderosas multinacionais do petróleo que estariam despejando óleo no Ribeirão Lindóia. Também, quem manda ser de “Camourão” no meio “dos estrangeiro grandão”...


    Golpe
    Autores de golpes do arco da velha continuam fazendo a festa em Campo Mourão. Se já não bastasse o conto do bilhete premiado, esta semana fizeram uma vítima no golpe da recompensa. O cidadão pensou que achou um maço de notas de R$ 10 e foi buscar a recompensa prometida. Quando viu, o maço era de jornal e lá se foram seus R$ 750 que ficaram de garantia. E nós no século 21...


    Casinha
    Tá c    erto que as casas entregues esta semana eram de um projeto de desfavelamento e que os moradores estavam saindo de barracos, mas impressionante como as casas populares estão cada vez mais simples. Divisórias internas faz tempo que elas não têm. Agora não têm forro também e o pisão é na base do cimento bruto. Mas nem um vermelhão colocam, hein?...  


    Faixa
    Denúncia chega à Boca Santa via e-mail dando conta que um faixa com propaganda de cerveja foi amarrada em árvores na esquina da av. Irmãos Pereira com a rua Brasil. Poder, não pode, mas esse costume é tão antigo em Campo Mourão que até a prefeitura volta e meia aparece com suas faixinhas na arborização pública. Também, as árvores não reclamam...


    Sem-terra
    Em Quinta do Sol, continua o drama das famílias de sem-terra que ficaram excedentes na Fazenda Roncador. Elas esperam uma definição do governo há dois anos. O ouvidor agrário nacional deveria ter ido a local para negociar uma saída na quarta-feira, mas adiou a visita para agosto em virtude das férias do Ministério Público. Ah, pra que pressa se é devagar que se vai longe?...


    Na festa
    Sabe onde o prefeito Tauillo Tezelli estava na terça-feira, quando mais de 500 mil pessoas foram às ruas de Brasília saudar a seleção pentacampeã mundial? Estava na capital federal. Verdade. Mas nada de festa. Tezelli foi em busca de recursos para a “terrinha”. A gente acredita. Desde que ele não volte com um penteado igual ao do Ronaldinho, é claro...
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