• Polêmica à vista
    Essa proposta do Instituto Vitale já tinha sido apresentada por Ater Cristófoli em 2004, quando ele teve uma “passagem relâmpago” pela presidência. Agora ele quer ressuscitar a idéia. É uma espécie de fortalecimento da ala particular para ajudar a manter o hospital. Do ponto de vista administrativo é uma maravilha, mas arrepia quem defende a saúde pública universal. Ah, Santa Casa sem polêmica não tem graça...  

    VEJA A “CARTA ABERTA” NA ÍNTEGRA

    Acredito que a Santa Casa Regional de Campo Mourão, considerada a sua origem e pelo que a instituição representa no sistema de saúde de todo o Vale do Piquirivaí, é uma entidade de propriedade e responsabilidade de toda a população mourãoense e da região. Tenho o pastor Richard, que agora é o presidente da entidade, na minha mais alta estima e o considero perfeito para o momento atual da Santa Casa. É uma pessoa de grande coração, valoriza a palavra empenhada e é de muita transparência nos seus atos.

    Fui convidado, novamente, a participar da diretoria e, apesar de já estar muito atarefado, considero uma obrigação, minha e de qualquer liderança de nossa cidade, ajudá-lo nessa complicada tarefa. Para se ter uma idéia, a Santa Casa deve hoje algo próximo de dois milhões de reais. Isto, somado às já rotineiras dificuldades de um hospital deste porte, exigem muito da diretoria.

    Como Coordenador Regional da FIEP e um dos diretores da ACICAM (já com a prévia anuência de nosso Presidente, Nestor Bisi) e do Sindicato do Comércio Varejista, levamos a público as seguintes propostas para a atual diretoria da Santa Casa:

    1 - Criação de um Conselho Regional Deliberativo:
    Este conselho seria composto por um membro de cada entidade representativa da COMCAM, que estiver disposta a pagar uma mensalidade e realmente se comprometer com uma gestão planejada e transparente da Santa Casa.
    Para isto teríamos que rever o Estatuto Social da entidade, de maneira a deixá-lo com regras mais claras para a gestão, as eleições e as prestações de contas.

    2 - Ala particular: Instituto Médico Vitale:
    Como empresários, temos de deixar clara a nossa visão de que "atendimento gratuito" não existe. Para que haja atendimento hospitalar, alguém vai, obrigatoriamente, pagar a conta, seja através de doações, trabalhos voluntários, pagamento de impostos (SUS e transferências governamentais), ou, na situação atual da Santa Casa: "pendurar".
    Por isso precisamos de alternativas de faturamento, com lucros, para amortizarmos os custos com atendimento aos carentes. A ala particular pode contribuir muito para isso e ainda garantir outra questão de suma importância para a instituição: o interesse e envolvimento dos médicos nesse projeto.

    Quando (em 2004) estive na direção da Santa Casa, junto com vários profissionais que se dispuseram a trabalhar de graça, estruturamos um moderno projeto chamado ‘Instituto Médico Vitale’. Acho que o momento é oportuno para tirá-lo da gaveta.

    3 - COMCAM:
    A outra linha que, acreditamos, deve ser seguida pela direção é com relação à implementação de uma política mais enérgica com as prefeituras da região que não assumirem as suas respectivas parcelas dos custos de manutenção da Santa Casa. Se o atendimento beneficia a todos os municípios, todos devem dividir o peso do fardo.

    Sinceramente, espero que estas propostas tenham boa acolhida e me coloco à inteira disposição para trabalhar e colocá-las em prática, tão logo a diretoria da Santa Casa se manifeste positivamente.

    Atenciosamente,

    Ater Cristófoli”
blz.com.br